depressão pela porta da frente

um jeito leve…despedida deste calor exagerado? nem tanto… verão é verão… talvez o frio agarre e castigue. o que pensar? livros enfileirados e decepções bem postas, polidas, ordenadas! vida a viver e a escorrer. boa comida! prazer engatado na boa culinária das saladas, dos petiscos e dos chocolates, o bom pão, a manteiga perfumada, as batatinhas gulosas! e aquele assado com bacon, cebolas e alho, pimenta, colorido… arroz, o mágico arroz com passas, nozes e verdinhos brejeiros. É o sábado, o domingo a pensar bolos para o chá. ah! viver a vida é bom! Elizabeth M. B. Mattos – março se preparando… Torres

ah! estes encontros recheados… depois a depressão entrando.

toque e sensível

o momento aflito da carência sacode, mas,

num minuto, o teu olhar / tua atenção, tua ausência define o sentimento

emoção no tato /contato: o encontro define… ah! não desperdiçar! pode ser lento, arrastado, o poder no lugar certo.

o que eu penso? único quente pleno, desejo te encontrar, tocar, agarra.

a vida, ah! este efêmero da vida! não se consegue pertuar.

agarra, agarra, faz acontecer… no mar, na areia, no vento, neste agora. eu amo.

depois, depois é mesmo perder, ou errar, ou correr. não importa chorar, não importa. importa agarrar… porque a vida é mesmo para viver. Elizabeth M. B. Mattos – março de 2024 –

gota

gota a escorrer… vidraças fechadas, mas gosto, ou foi olhar? o carro abarrotado de pacotes, de fetiches, e não todos. amontoam-se prazeres na cadeira e também por cima dos lençóis. todas as vezes que eu exercitar os braços, as pernas e o sorriso, acertar o exercício as flores cobriram as escandas e o perfume contará os dias. Elizabeth M. B. Mattos – março de 2024 – Torres sombrio, cinzento, silencioso e limpo

bicho na toca

Virei um bicho sem paciência / tipo, urso no inverno? Preguiça mal humorada? Tigre com fome? Coitados dos bichos! Tenho mania de comparar, mas logo com eles, os injustiçados. Os predadores estão do outro lado, os selvagens protegidos. Protegidos? Pela selva, enquanto houver selva! Credo! Como é difícil encaixar o humor esquerdo / azedo. Como ficou difícil escrever… Antes, eu me sentia muito bem sem roupa, desnuda ou pronta para o baile. Agora, agora, que os vestiários / banheiros são abertos… E as pessoas livres, respeitadas nos acho isso ou aquilo, ou não acho nada. Porque ninguém está mesmo procurando… Estou com calor! E muito! Elizabeth M.B. Mattos – março de 2024 – Torres

alguém rico

Vocação escolhida, encontrar alguém rico (ou produtivo, ou funcionário público), e se enganchar… Tem esta vocação por aí… Se enganchar, então, na política, é o que mais dá… Galho verde, com frutas, sem espinhos, é este…

Credo! Nenhuma investigação, nada de procurar saber, apernas, enganchar… E assim, alguns filhos não largam o pai nem a mãe, sair do ninho?! De jeito nenhum! O que, para surpresa, é alegria de muitos… O eterno ancoradouro… Vira, amor eterno.

A surpresa dessa nova profissão surpreende hoje quando se busca (por princípio) independência. Uma volta a monarquia: certeza do futuro. Nasceu coroado, na corte, na corte ficará… Alguns países se libertaram, ou nunca tiveram reis… O que nos parece saudável: trabalhar! Enfim! Eta assunto complicado, espinhento! Elizabeth M.B. Mattos – março de 2024 – Torres

fatiado e solto

Aos pedaços ou mesmo soluço a vida se enfeita porque a risada, e, alguma certeza está de prontidão… O dia de comer mais, muito mais, as doces manhãs preguiçosas, dormir… Não esquecer de ser amada, sobretudo ser amada, alguém feliz quando alguém te precisa, muito, ou pouco, resolve aquele sentimento estrangulado, não quero estar/ser sozinha. Os escabelados abandonos se enfeitam e cerejas. Encomendei um bolo e o chá tinha pedaços de maçã verde. A tarde se acomodou no sol deste verão. E eu pude ler durante três horas, um tempo importante. Elizabeth M.B. Mattos – março de 2024 – Torres