A grande dama YOURCENAR

Se procuro por influência e vida, basta reorganizar, limpar, trocar de lugar, refazer e ler. Ler o tempo todo. Mesmo que aos saltos/ pulando de um livro para o outro, relendo, e voltando… É preciso voltar para casa, para dentro de casa, da vida. Surpreendentemente o que já leio,  e leio faz muito, muito tempo, fica lá adormecido e transmudado, transformado – um pouco eu / um pouco nós, um pouco eles, um pouco o olhar, um pouco a música, um pouco um objeto qualquer e/ ou o verde, e a pedra ônix junto com uma ametista, ou com pedras- da- lua, e com as pedras do roladas do rio… Um pouco do teu amor, meu querido. Os pés na areia, os pés na grama,  os pés descalços que  se movem na tábua encerada. O cheiro da cera, e sou feliz. Torres, julho de  2017- Elizabeth M.B. Mattos

“Se você procura por influências, é  provavelmente necessário procurar do lado dos filósofos. Acredito, por exemplo, que não se possa dar muito crédito à influência de Nietzsche, não do Nietzsche de Zaratustra, mas aquele de Gaia CiênciaHumano, demasiado Humano, o Nietzsche que tem uma certa maneira de considerar as coisas ao mesmo tempo de muito perto e de muito longe, lúcido, pungente e ao mesmo tempo quase reflexivo.

– Mas  um homem como Schopenhauer, por exemplo, foi importante para a senhora?

Sim, só que sua influência se confundiu rapidamente com o budismo, pois no fundo Schopenhauer foi a primeira tentativa de aclimatar o pensamento budista em país europeu. Mas eu não penso nunca sem ficar emocionada no Thomas Buddenbrook de Mann, depois de uma vida convencional e desencorajada, descobrindo ao mesmo tempo em Shopenhauer o sentido do desespero e, talvez, a paz mais elevada.” Marguerite Youcenar, – De olhos abertos, – Entrevistas com Matthieu Galey. Editora Nova Fronteira,1983

Alfabeto Paul Valéry

E eu te gosto e eu te penso e eu te sonho sem sonhar. Acordada eu te espero para poder te beijar e te amar, amar! E. M. B. Mattos

“Silence, mon silence! Absence, mon absence, ô ma forme fermée, je laisse toute pensée pour te contempler de tout mon coeur. Tu te fait une île de temps, tu es un temps qui  s’est detaché de l’enorme Temps  où ta durée indefini subsiste et s’éternise comme un anneau de fumée. Il n ‘y a pas  de plus étrange, de plus pieuse pensée; il n’ y a pas de merveillhe plus proche. Mon amour devant toi est inépuisable. Je me penche sur toi qui est moi, et il n’y a point d’ échanges entre nous. Tu m’attends sans me connaître et je te fait défaut pour me désirer. Tu es sans défense. Que mal tu me fais avec le bruit de ton souffle! 

Silêncio, meu silêncio! Ausência, minha ausência, ó minha forma fechada, deixo todo o pensamento para te contemplar com todo o meu coração. fizeste para ti uma ilha do tempo, tu és um tempo que se desprendeu do tempo enorme no qual tua duração infinita subsiste e se eterniza como um anel de fumo; não há pensamento mais estranho, mais piedoso; não há maravilha mais próxima. Diante de ti meu amor é inesgotável. Debruço-me sobre ti que és eu e não há qualquer troca entre nós. Tu me esperas sem me conhecer e eu te deixo à espera por me desejares. Estás sem defesa. Que mal me fazes com o ruido do teu sopro! Paul Valéry –  Alphabet /Alfabeto  –  Belo Horizonte – Editora Autêntica e Tradução de Tomaz Tadeu –  Edição bilíngue – Coleção Mimo, 2009

EU EU CASA DE SANTA CRUZ DO SUL

lutas diferentes

“Os povos da Europa, antes da libertação, sofriam com maravilhosa dignidade. Lutavam de cabeça erguida. Lutavam para não morrer. E os homens quando lutam para não morrer, agarram-se com as forças do desespero a tudo a tudo que constitui a parte viva, eterna, da vida humana, a essência, o elemento mais nobre e mais puro da vida:   a dignidade, o orgulho, a liberdade da própria consciência. Lutam para salvar a alma.

Mas depois da libertação dos homens tiveram de lutar para viver. É uma coisa humilhante, horrível, é uma necessidade vergonhosa, lutar para viver. Só para viver. Só para salvar a própria pele. Já não é a luta contra a escravidão, a luta pela liberdade, pela dignidade humana, pela honra. É a luta contra a fome. É a luta por um pedaço de pão, por um pouco de lume, por um farrapo para cobrir os filhos, por um pouco de palha para estender o corpo. Quando os homens lutam para viver, tudo, até uma panela vazia, uma ponta de cigarro, uma casca de laranja, uma côdea de pão seco apanhada do lixo, um osso esburgado, tudo tem para eles um valor enorme, decisivo. Os homens são capazes de todas as velharias para viver: de todas as infâmias, de todos os crimes, para viver. Por um pedaço de pão, cada um de nós está pronto a vender […]” (p.53-54)

Curzio Malaparte, A pele  –  Editora Abril, 1972.

Porto Alegre, não Torres ao entardecer – 8 de março 2006 – lua crescente. Mar tão bonito! …  Outra vez uma grande enorme vontade de dormir e me deixar ficar. Sinto cada vez mais necessidade do silêncio e da quietude – como se em toda a minha vida eu não esperasse senão isso, ou isto:  no silêncio, na fresca/fresta/ momento de uma vida apenas minha; nenhuma vontade de estar com/ fazer com/ conversar com, – estou num grande e prazeroso silêncio e vazio onde a plenitude me aquece. O isolamento é um privilégio.

Torres, ainda Torres, 29 de junho de 2017. Temperatura amena e o sol,  o sol ilumina. Estou no silêncio, mas a quietude não chega. Vida incoerente amorosamente preenchida pelo próprio estado de amorosidade … Esquisito isso. Eu me sinto isolada sozinha tanto quanto completa. Elizabeth M.B. Mattos

A Trégua

Sigo mexendo/ organizando os livros, recolocando nas estantes, limpando, ACERTANDO, REAGRUPANDO, e apertando uns contra os outros para que voltem para seus lugares, desocupem as cadeiras e as mesas, e peço que me ajudem a criar ordem nesta anarquia   …  Desespero vez que outra. Não consigo selecionar, acreditar que preciso escolher/ descartar … vou parando e abrindo, e me demorando, apertando.

Destes últimos dias, meses, desde o verão, … fantasias! Temporada de amor, de variante, e …  Perda e retorno, mais perda. E a orquestra  tocando/ chorando/ gritando Mozart  Dvorák Berlioz Jarrett Bizet Chopin dia e noite chuva e sol estacionada … Agora, por favor, preciso ordem e foco e o EIXO.   Neste momento reencontro com Mário Benedetti  … Procurei procurei procurei, e dei como extraviado, emprestado, perdido. Desconforto estranheza incomodo. Bem, acabo de me encontrar com ele, e não resisto, transcrevo:

“Quando um indivíduo permanece muito tempo sozinho, quando se passam anos e anos sem que o diálogo vivificante e investigativo o estimule a levar essa modesta civilização da alma, que se chama lucidez, até as zonas mais intricadas do instinto, até essas terras realmente virgens, inexploradas, dos desejos, dos sentimentos, das repulsas, quando essa solidão se transfora em rotina, ele vai perdendo inexoravelmente a capacidade de sentir-se sacudido, de sentir-se viver. ” (p.137) Mário Benedetti, A Trégua, – Rio de Janeiro Objetiva,2007.

Rabiscos primeira página BENEDETTI

BENEDETTI TEXTO IMPORTANTE

BENEDETTI CAPA

 

ideia e narrativa na memória

Domingo junho de 2017. Resolvi fazer/tentar/ dizer como se fosse diário/ jornal/ ou caderno azul … observações e relatos, contar vida. Se o mundo se desmancha galhos de memória me seguram… será que posso viver? Nas fortes emoções a força diminui, mas histórias transbordam … para hastear a bandeira de sobrevivente preciso exorcizar, …  Pequenas observações remetem a uma determinada cor específica …  Loucamente apaixonada fico exaurida, mas não consigo tirar isso de mim. Dois amores se misturam … o sentimento deste amor-apaixonado que nunca desaparece é comum/faz parte/está no mesmo lugar … enquanto um desaparece, o outro nasce/brota/ verdeja no mesmo canteiro devastado daquele que morreu.

O sentimento de tempo de um hoje que é ontem, presente-passado com o futuro apontando …  Viver em sonho viver as situações da situação. Rever um sonho, …  Por que nunca retornar/desmistificar/tocar a pessoa amada? Por que não voltar a situação feliz, ao feérico? O amor precisa se esgotar. Se os amados se misturam no meu pensamento eu revivo, lágrimas apontam. Então eu amo. Existem coisas que continuam a acontecer de um jeito inesperado e idiota/ sem explicação. É esquisito vermos/ ou voltar ao que nunca existiu de verdade, ou está lá na nossa ficção …

LUUIZA e eu LINDAAAAAAAAAAAAAAAAEstou arrumando as estantes para que neste esvaziamento do apartamento com a ida de coisas/móveis/e vida da Luiza para Recife eu reencontre espaço e entenda a falta. Começo a me desfazer de certos livros enquanto desejo outros …  Substituição amorosa, já não mais pelo livro em si, mas texto autor que ainda está vivo dentro de mim como Amós Oz, por exemplo.

” […], você está cansado e eu também estou cansada, vamos dormir agora e você verá que amanhã talvez você esqueça tudo ou pense em outra coisa e eu amanhã também tenha alguma coisa para lhe dizer que eu não tenho hoje, pois saiba que ficaram coisas que nunca em nossas vidas fomos capazes de dizer e nem queríamos, porque não precisávamos. ” (p.83) Amós Oz, – Uma Certa Paz – São Paulo, Companhia das Letras, 2010

Guardar autores como eles se guardam uns aos outros. Proust Marías Oz conversam.

[…] “existe uma parte de nós que está em contato mais direto com as divindades do que está o nosso discernimento. E por isso inclino-me mais a crer que as obstinadas paradas do tempo nos sonhos são civilizadas, respirações convencionais de caráter dramático, narrativo, rítmico, como o fim de um capítulo ou os entreatos, como o cigarro que se fuma depois do almoço os minutos dedicados a folhear o jornal antes do início das atividades, a pausa que precede a leitura de uma carta temida ou o último olhar no espelho à noite” (p.34) Javier Marías, – O homem sentimental – São Paulo, Companhia das Letras,2004.

[…] “Eu maldizia Roberto; depois disse a mim mesmo que, se o expediente falhara, se arranjaria outro; já que o homem pode atuar sobre o mundo exterior, como é que recorrendo à astúcia, à inteligência, ao interesse, à afeição não chegaria a suprimir esta coisa atroz: a ausência de Albertina? Julgamos que, de acordo com nosso desejo, modificaremos as coisas ao nosso redor; julgamos porque, fora daí, não vemos nenhuma solução favorável. Não pensamos naquela que é quase sempre elaborada, e que é também favorável: não chegamos a mudar as coisas conforme nosso desejo, mas pouco a pouco o nosso desejo muda. A situação que esperávamos mudar por ela nos ser intolerável nos torna indiferentes. Não podemos superar o obstáculo, como pretendíamos a qualquer custo, mas a vida nos levou a contornar e ultrapassar, e ao voltarmos agora para os confins do passado, mal podemos distinguir de tal modo nos tornou ele imperceptível. ”  (p.49) Marcel Proust, – Albertina Desaparecida (A versão de A fugitiva alterada pelo próprio Proust inédita até 1986) – Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1989.

E as curiosas anotações nas páginas dos livros me fazem pensar e voltar e sentir tudo outra vez. Então o tempo o agora está lá amarrado naquele sentimento naquela lembrança e fica um borrão neste domingo de junho sem frio.  Em nota página 80 deste livro de Proust escrevi: Torres, 17 de novembro de 1995  Ele acabou de ir para Porto Alegre. Um dia e eu já estou com tanta saudade …. Fico meio sem rumo querendo entender, mas não consigo tanto eu entendo que somos parte um do outro tanto eu não compreendo o porquê de estarmos longe um do outro. Longe … nada pode ser mais importante do que estarmos um com outro, juntos.

BORRADA lembrança do FLáENVELOPE curioso Flávio

Amar, uma aventura

Olhar, ver e pronto … aceitar. Orgia completa. Estou saindo bem cedo para levar a Ônix passear no gramado, eu meio dormindo, meio feliz, meio no sonho … Sonho de chegar perto, … abro a porta e lá está aquede dog preto, pernas curtas olhar lânguido a me esperar, assim, atrás da porta. Como? Vamos, vamos … e lá foram as duas (é fêmea) para as corridas de festejar o encontro. Achei graça! Lembrei de parque, confraternização e cidade grande. Ninguém acordado, afinal é sábado, …  Eu  desperta/ acordadíssima. Gostoso de estar na rua… mesmo de chinelos caminho/ avanço (não posso conta que os trajes são de dormir) …  Estou bem dentro de mim mesma, e me sinto leve, feliz! Afinal é um hoje bom … Chamo a Ônix e abro a porta pro amanhecer … Pois quem entra primeira é ela …preta, feliz e sacudindo o rabo … E Subimos o lance de escadas. Em casa. O que faço?

Faço o sábado amanhecer, …   Abro todas as janelas. Na feira ecológica compro alface, aipim, bergamotas, maçãs e cheiro verde. Lá estou com as duas a dar volta na lagoa. Nova agregada? Estremeço. Entra outra vez e se acomoda exausta na almofada. Dorme. A vida é sempre surpresa. Alface, aipim delícia … o macio a se desmanchar. Bifes de filé, queijo frito em pedaço. Vinho tinto, um cálice, não dois, acho que cheguei ao terceiro. A vida se enraíza no feliz. Faz sentido. O sol entra satisfeito e se instala na sala, no quarto …  Sonho bom o de hoje.

te reconheço

Junto com a exposição o medo: o imperfeito. O dia se estende manso e inútil.. Cada foto, cada rabisco de lembrança, uma nuvem. Manso e arrastado este amor de todos os amores. Acolher ou reconhecer / dizer já pode ser estremecer, mas um estremecer lento a inquietar. Depois de negar, reagir a entrega silenciosa do cansaço. Amar, às vezes, tem efeito de completitude, mas se parece com esvaziamento, ou cansaço. Exaustão mansa e lenta. Inútil.

Ver fotos reler cartas esperar parece ser o compasso certo deste enamoramento tardio. Agora que te reconheço não me ouves. E sei que estás aí do outro lado. Eu te espero. Elizabeth M.B. Mattos – Torres 2017

ainda posso te dizer OBRIGADA

 

Encontro uma carta de 1997 de Edinara P. Jost. Apressada fotografo a carta, releio e me sinto abraçada. Volto no tempo. Transcrevo:

Capão da Canoa, 3 de novembro de 1997

Elizabeth,

Hoje, nesta última aula, despedi-me sem ter tido a coragem de falar -te o que de fato queria. Talvez por medo ou vergonha, sei lá, a verdade é que ao chegar em casa senti necessidade de escrever para colocar para fora o que ficou trancado na minha garganta e não falei. Infelizmente criamos um mundo onde falar o que sentimos é ‘feio’, tirar a máscara e mostrar os verdadeiros sentimentos, principalmente quando esses sentimentos são de admiração ou respeito é para muitos uma demonstração de fraqueza ou, pior ainda, somos tachados de ‘puxa-saco’. As pessoas pensam que se faz um trabalho mal feito ele deve ser advertido, ser cobrado, mas se por outro lado faz um bom trabalho, não está fazendo mais do que a sua ‘obrigação’. Não penso assim, por isso conclui que deverias saber qual foi exatamente o tipo de contribuição que trouxeste para a minha história de vida.

Imagino que estejas nesse momento curiosa e também apreensiva, conheço -e pouco, mas o suficiente para afirmar que se estivéssemos conversando pessoalmente, tu levarias a mão a boca para esconder teu sorriso encabulado e daria aquela ligeira olhadinha para o lado como para esconder – se da de situação. Também me identifico um pouco com isso, lembra quando me falaste ‘brincando’ que havia sentido minha falta em sala de aula? Confesso que perdi a linha, mas também confesso que fiquei feliz por saber que minha presença em sala de aula de alguma forma fazia diferença. Bem, sem querer mudar muito o assunto quero dizer-te que essa foi uma das coisas que me chamou a atenção, esse teu jeito espontâneo de dar aulas, que determina a tua personalidade sem impor -se. Tu te colocas diante dos alunos não como o altar da sabedoria, mas sim como um degrau que nos coloca mais próximos dela. E essa é sem dúvida, a lição maior e a mais difícil que um professor pode passar a um aluno, a humildade.

Como aluna da pedagogia, posso dizer com certeza, que encontrei nessa profissão o desafio que tanto procurava, o de tetar contribuir de alguma forma para a melhora desse nosso Brasil tão amado e por vezes tão esquecido. Quero acreditar, preciso acreditar, que se cada um fizer a sua parte bem feita e com amor as coisas começam a mudar, e a partir daí é só esperar que as sementes cresçam e se transformem nas arvores que darão os bons frutos do amanhã. Homens e mulheres que não serão mais números ou estatísticas apenas, mas sim seres reais de carne e osso, cidadãos capazes de viver em sociedade e na sociedade construindo um futuro mais digno para todos sem discriminação de classe, raça ou sexo. Utopia? Não, apenas um sonho, um sonho que não é só meu, até o mais pessimista dos homens já imaginou um mundo assim, e é por isso que acredito que chegará o momento em que cansados de apenas sonhar, o homem descobrirá em si a capacidade de se transformar e de finalmente evoluir.

Quero agradecer-te por desempenhar tão bem este papel de educadora, e me permitir sonhar nesse mundo de tão dura e triste realidade, levarei comigo um pouco de ti e prometo semearei com carinho os frutos e as flores de amanhã.

Um grande abraço da aluna

EDINARA P. JOST

CARTA INICIO DE EDINARAMEIO DA CARTA EDINARA

EDINARA ALUNA

 

Obrigada Edinara.

Estás sempre presente

” A importância de perdoar reside no fato de que o perdão beneficia mais a quem perdoa do que aquele que é perdoado. [ … ] 

Além disto, quando nos tornamos capazes de perdoar os outros, ficamos em condições de perdoar a nós mesmos, tarefa das mais difíceis. Perdoar a si mesmo é sinal de que somos capazes de aceitar as nossas fraquezas, os nossos defeitos e as nossas fragilidades. Somente quando aprendemos a arte de nos perdoarmos sem abdicarmos da visão critica de nossos erros  —  ou seja perdoar sem ter que absolver, aceitando e reconhecendo que erramos  — é que termos amadurecido o suficiente para evitar que a lembrança de nossas falhas e fracassos deixe uma sombra de tristeza, que pode se transformar nas trevas da depressão, em nossas vidas. “(p.71-72) A Felicidade é Aqui: lições de antiga sabedoria/ Luiz Albert Py. – Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

LIVRO PYDEDICATÓRIA PY

estarias aqui, agora se me amasses

Se tu me amasses não virias na sexta-feira, porque se tu me amasses qualquer dia seria dia, não haveria hora certa, nem momento incerto. Tu virias, se me amasses. Não estarias na esquina esperando a hora de voltar para casa… Se tu me amasses. Não terias tantos cuidados e incertezas, se tu me amasses. O que desejas ou pensas, ou fantasias, não é o amor ele mesmo, mas aquele tal romantismo que nada é senão lamuria, … um canto fantasia. Se tu me amasses, estarias aqui, agora.  Elizabeth M.B. Mattos 2018 Torres