Vai levar todo o verão, e mais uns dias, para dizer este gosto, este não gosto, este quero, este não quero. Digo, não digo…, fico, releio. Espero. Não no galope. Manso, manso caminhar. Tempo de fazer sol e chuva e trovoar. E perguntas: como é isso de ‘a memória me sacode?’ versos…, versos, versos: quem sabe? Memória sacode tempo / passado / presente, e pela janela espalha vontade / desejo e explica medo, preguiça, e susto. Não faço, não sei…, se escolho um / apenas um entre dois versos, esqueço o outro. Se mergulho naquele, renego o seguinte: versos versos versos versos, não sei nada de poetar, imagino, eu te imagino, porque, um dia, esqueci de te olha… Elizabeth / Beth M. B. Mattos, ou Liza, não, Liz, – seria azul – 30 de novembro 2018 – Torres
“Longe, cresce a sombra do teu corpo:
Vou roubar versos: perdoa.
[…] “O tempo passou:
passou o tempo
e não passou.”
Pedras duras e voz fria…”
Pedaços, …transcrevo. E não basta, não adianta, não tenho voz.
“Quem poderá afirmar que o mar
será eterno entre Arpoador e o Leblon
e que serão para sempre jovens
suas ondas verdes?”
[…]
“Mas …que dizer para não desapareceres?
Que palavras mágicas proferir
para tornares a elas verdadeiras?”
Versos, versos, versos, versos, versos.
O Príncipe Irreal – Fernando Cacciatore de Garcia