babado / babados

babados: necessidade de babador / uaiii! mas, mas, mas o bom é reavaliar… pensar. repensar. pensar. bem estranho / ou seja / ser expectador / vou mudando o pensar conforme as novas se alternam… claro! claro! eu te entendo na tua estranheza. ah! uaiiiii! viver tem estes relampejos. mas, mas, mas a preguiça / o vagar faz parte. acho que ando apressada demais. fato. examinei o espelho, e os babados se renovaram… o dia! amanhece lindo, vai se enrugando, se estranhando o sol neste quase inverno… ufa! mas tá fazendo frio / pra ninguém botar defeito / conversar sobre o tempo é uma ideia ótima. deu vontade de ter uma floreira florida! vou desligar as notícias e voltar a minha história de menina (nunca desisto de escrever) // quem sabe eu consigo! Elizabeth M. B. Mattos – junho de 2025 – Torres

eu deveria ser mais cuidadosa com o visual… babados e

j.m.g.

Amoras Azuis como uma brincadeira séria.

Platon assimile ainsi la philosophie à une sorte de jeux sérieux ( par exemple jeu sérieux au livre III des lois). Tu n’ es pas seulement poète, tu es aussi philosophe de toi-même. Quelle richeusse! J. M. Grassin

Ônix posando… 2024 – Torres

mentira doce

reli o bilhete picado / tudo verdade ou tudo mentira? quanto ao cão é mesmo o que descreves / tão bom compartilhar histórias / o tencionado se estica / o papelzinho reconstruído é um mapa do tempo. ao acaso reencontro com ele / e tê-lo guardado é a certeza de que o grande se apequena e seu contrário também é verdade. o olhar traduz a verdade e a emoção, o agora. o suporte da vida = memória da vida… e, mas, todavia tudo o que importa, será sempre HOJE. Elizabeth M. B. Mattos – junho de 2025 – Torres (fotos repetidas)

se

se eu conseguir jogar as cinco Marias e as varetas se misturarem de um jeito bom… eu consigo. se tu escreves, parece perfeito. se meu cão morre posso chorar… a guerra continua, talvez os ideias permaneçam dos copos e das pílulas. sempre foi assim? o cheiro bom da cozinha… o bolo quente para o chá, esta passarinhada, os cores. os pincéis da aquarela, as tintas na paletas, o avental… terebentina. o cheiro da limpeza. a doçura de acertar, sempre podemos acertar. dobrar as roupas, refazer as pilhas… rir um pouco. eu quero. Elizabeth M.B. Mattos – junho de 2025 – Torres

quietude

valorizo o silêncio / quietude da verdade que abraça / este beijo com a realidade / importa… humaniza. a fantasia não está no combate… é real! assusta! Elizabeth M. B. Mattos – junho de 2025 – Torres, passear pelo mundo não é se compadecer, nem ajudar, hoje fiz um passeio até a feira livre e voltei com bergamotas e limões… tinha aipim / pensei / deveriam ser do verão… pode tudo hoje.

só não pensei que ele poderia morrer / assim, tão cruel, pobre cão!

amor afeto saudade e surpresa

A vida continua… eles estão conosco, os animais / pensam afetivo, isso faz a diferença. Pensar, conversa. Dividir expectativas faz parte do tempo, os livros gritam e se explicam. Difícil entender o mundo / as telas de celulares e de computadores assumiram o palco. Eu dou dois passos, fotografo as panelas, a chuva, o que estou assistindo na televisão. Fotografo o movimento das calçadas, o bolo… E mando, imediatamente, para os filhos, netos, amigos… Estou viva, estou aqui. De repente sinto saudade do silêncio. Do nada. Mas, imediatamente, escuto a tal solidão… ou a exigência: preciso fazer isso, responder aquilo, e no meu caso, limpar lavar e passar. A cada um sua obsessão. Saudade do compromisso do trabalho, da turbulência da sala de aula… saudade do meu egoísmo de vida. De pessoas. E saudade dos sentimentos… Do sentimento passageiro, fantástico. Aquele específico encontro e reencontro. Saudade é uma palavra quente. Ah! Se fosse possível desdobrar em vidas possíveis o tal coração! Eu ia contar do cão que quase se mudou para cá e me visita, mas não é meu, destas turbulências! João e eu íamos adotar, mas ele já tem dono.

Danada confusão! Possuir, mas não ter… Elizabeth M. B. Mattos – junho de 2025 – Torres com chuviscos – pois é…

memória do esquecimento

A amizade é indispensável ao homem para o bom funcionamento de sua memória. Lembrar-se do passado, carregá-lo sempre consigo, é talvez a condição necessária para conservar, como se diz, a integridade do seu eu. […] Como a amizade nasceu? Certamente como uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o homem ficaria desarmado perante seus inimigos. Milan Kundera

nostalgia = envelhecer

há pressa, muita pressa em viver. fazer acontecer o dia, a tarde, a limpeza, fazer acontecer o amor ele mesmo… cada relampejo tem cheiro de verão, antes da primavera. o outona chama o inverno, imobiliza a alma. juro que vou ter coragem. comprar a passagem para o sol, para desdobrar a imaginação… tão bom viver! derrapo ao anoitecer. a pressa de que seja amanhã atrapalha. o que posso te dizer, meu querido?!, respira fundo, e vamos pagar todos os impostos, todos. reserva um pouco de dinheiro para o leite e para comprar manteiga, o pão que gosto tanto! laranjas bergamotas limões estão enchendo as cestas, posso abusar? vou fazer um feijão de uma manhã toda… a cozinhar lento como o amor, aos poucos… engrossar. se refestelando no arroz com alho e cebola, pouco sal, pimenta? que saudade me deu de tuas risadas! Elizabeth M. B. Mattos – junho de 2025 – Torres (estou te esperando, volta logo / os cabelos estão caindo / um sinal triste)