sorrateiro…

09 de setembro (09)de algum ano de 19 49 / 1959 ou 1999 ou apenas 1946 que resulta em 79 anos, setenta e nove anos em nove de nove…sou eu festejando com as rosas, margaridas e tempo… Elizabeth M. B. Mattos – setembro de 2////0////2////5 Torres

dosimetria

o que importa? o que importa a presença / a resposta, ou negar ou afirmar, encenar neste teatro? está tudo feito, antecipado, concluído, só a fantasia daria um ar de carnaval: palhaço, arlequim, coroa de ouro, pedras preciosos ou espinhos? os carrascos, usam mascaras, assim agem os executores. a plateia, o publico se diverte com guloseimas e danças / dia de praça pública. assim decapitaram Maria Antonieta – quase distraída! largou as bonecas e foi para a forca. Os livros de História contam… Elizabeth M. B. Mattos – agosto de 2025 – Torres

enredo contemporâneo

Meu querido amigo, estás longe, mas te sinto perto. Pensei nos espetáculos! Queria tanto ter a tua opinião / teu entendimento para este espetáculo! Teatro / atores / vilões e heróis. Palco e plateia. O fantasma da ópera trouxe paixão / ciúme. Gaston Lerou / o Duc d’ Anjou, deixou um rastro. Quem não se deliciou com a ópera / música e tudo? Estes eram / foram / serão o deleite. Hoje o teatro perdeu o encanto, ou melhor, entrou no nosso cotidiano como / como / feito julgamentos com cadafalsos / solitárias… Tens assistido aos espetáculos? Reis enlutados na vaidade, com suas capinhas negras! Vaidade é a palavra / sucesso e brilho de um agora / instantâneo cheio de brilho loquaz. As togas: veludo e cetim de outrora. Pasmo! O espetáculo segue. Estou fascinada assim mesmo. O teatro sempre foi / será o ensinamento… A verdade possível. Este é o nosso HOJE, o possível silencioso de assistir, quase sem curiosidade ou impacto, por compromisso com o dia… Vamos aos julgamentos, de certo para apreender. Sinto tua falta, volta logo. Elizabeth M. B. Mattos – setembro de 2025 – Torres com vento…

gotas de saudade

Querido amado: fico a repetir o tamanho do meu gostar: quantos centímetros de saudade? Um metro de sonho, ou, não sei… Cheiro de primavera traz doçura. Estás a chegar. Na meia luz do entardecer teu abraço, teu beijo, teu carinho. Vou acordar. Não preciso de mais nada, nada vezes nada, senão estar aconchegada. Eu vou dizer baixinho, eu vou soluçar nos teus ouvidos a saudade: o silencio do beijo no abraço resolverá o tempo. Te amar é o termômetro da saúde: estou curada, feliz. Esqueço qualquer aperto, ah! meu querido! Não pode ser o antes, o agora define mesmo o tudo. Elizabeth M. B. Mattos agosto de 2025 Torres Ma mère s’affaire toute ja journée, elle est joyeuse ou triste selon les circonstances sans requèrir le moins du monde son entourage par ses humeurs; sa voix claire, trop haute pour le quotidien, mais bienfaisante quand on est triste et que soudain elle vous touche. (p.152) Frank Kafka Journal Intime– editions Grasset -1945