Elias Canetti

Eu a vigiava, como ela a mim, e quando se está tão próximo a alguém, adquire-se uma sensibilidade infalível para todas as emoções do outro. Por mais que eu estivesse empolgado por suas paixões, jamais teria desculpado um tom falso. Não era presunção, mas sim a intimidade, o que me dava direito à vigilância, e eu não hesitava em interpretá-la tão logo pressentia uma influência estranha, inusitada. (p.187)

A Língua Absolvida História de uma Juventude

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