Erotismo e requinte. As linhas sinuosas da arte floral se metamorfoseiam em braços e mãos, nádegas e bustos, em corpos femininos sedutores e satânicos. Amor e morte. A herança simbolista do final do século XIX ganha vigor novo nas alegorias desenhadas com mestria e concebidas com audácia: sob for impregnadas de arcaísmo pulsa a sexualidade reprimida, que Klimt explicita em nus femininos, nos lábios e olhos plenos de desejos das mulheres que pinta. E no ouro que esplende em volta delas.
(…) da página 74 do livro de FERREIRA GULLAR: Relâmpagos [dizer e ver] da By Editora Cosac&Naif, 2003 – Klimt: o passado presente
