“Sim, meu querido e jovial doutor, escrever um diário é renunciar ao destino. É viver no presente, é confessar ao implacável que nada mais esperamos dele, que nos acomodamos todos os dias, e que já não há relação entre estes e os restantes. É sorver o nosso oceano gota por gota, com receio de atravessá-lo a nado. É contar as folhas da árvore cujo tronco não tornará a reverdecer. Só se escreve um diário quando as paixões estão extintas, ou quando atingem o estado de petrificação que nos permite explorá-las como montanhas das quais a avalancha não se desprenderá.”
Uma descoberta! Diário íntimo de George Sand. Editora Antígona, 2004.
Citar sem contexto… Talvez seja como pintar uma laranja! Há que se pensar no gosto,como é por dentro, de onde veio! De qual laranjeira, na cor certa. Se está madura… A laranja aumenta, o quadro cresce… É delírio! O recorte conta uma história… Carta oculta, um grito de raiva, uma ameaça sem causa…Intimidade! Tristeza. Ou o repartido? Velhas confissões!
George Sand (1804-1876) é o pseudônimo literário de Armandine Lucie Aurore Dupin, baronesa de Dudevant.