CRUCIAL 1951

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DEZEMBRO DE 1951

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 É a linguagem razão de equívocos? E a imagem? Conhecimento e personalidade? A resposta…

Luigi Pirandello (1867-1936)

“Pirandello é secreto. Autores há que se auto-revelam abertamente, enquanto outros, como ele, por alguma delicadeza d’alma de origem inibitória, preferem ficar nas estrelinhas ou em parênteses generalizadores, filosofias puláveis para o leitor comum, acostumado com o ficcionista comum que nada revelam entre parênteses… Mas Pirandello dizia. É preciso descer ao fundo das suas criações. Lá, escondida, talvez ainda sorrindo, mas sem possibilidade de um eco alegre está a face do dragão do Equívoco.

A vida para ele era um equívoco, reinterado equívoco. Sentira numa melancolia pavorosa, a insuportável limitação humana, a que deu conceito através das relativizações: a do conhecimento e a da personalidade. Só conhecemos segundo nós mesmos, e portando o conhecimento é cerrado, incomunicável, subjetivo; a verdade não se identifica com a realidade, é de cada um, propriamente não existe.” (…) P.H. Filho

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