Percurso

Retomo a verdade que se esconde em pequena mentira: palavras. História, narrativas que se contam, e se escondem! Ao abrir o livro, observar a tela, a flor… Uma aquarela! Óleo, desenho,pedra, gravura, escultura, colagem…O cheiro da tinta! Não. O percurso inteiro da exposição! Questiono. Sento no  primeiro banco inquieta, exausta! O ateliê.  E percorri  apenas um salão! Arte, escrita, pincelada, manuseio, a roupa importa. Estou exausta! Um quadro que salta ou se esconde… Incerteza.  Será que devo gostar, ou não? O olhar é uma volta ao que já conheço. O que é mesmo que se encaixa na história, na biografia, nas letras, nas cores. Estremeço com vergonha. Como vou explicar? Ruborizada, fecho por um minuto os olhos. Não é  Gustav Klimt, nem Jean Lehmans, ou Iberê. Sou eu a pensar!

“De um rancor nasce uma ideia. E essa ideia torna-se, à medida que avanço dentro de mim uma obra, mais serena e mais indestrutível. Eu o sei, eu o testemunho: a ordem social não se mantém senão ao preço de uma infernal maldição que aflige os seres, dentre os quais os mais vis, os mais nulos, estão mais próximos de mim – quer isso agrade a vocês ou não – que qualquer burguês virtuoso e assegurado.” Jean Genet

 

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