“Mas de que adianta pensar nisso agora? Se tem tempo para isso, faça um storyboard.”
Outra vez a questão tempo. Deixa-se voar aquele minuto, a história se desfaz na sobra… Amanhã recomeço… Enquanto releio as cartas dou-me conta que nem mesmo cheguei a ler p… Ele contou que doía, o desespero, mas eu não quis saber. Não tem perdão! Apressadas leituras, apressados sentimentos! Ansiedade, angústia se misturam na desordem dos livros, dos amontoados papéis, das malas desfeitas, da hora de partir, e chegar. Estamos a escapar do momento certo.  É preciso entender! Quando compreendemos, é tarde. É tarde agora…
“Mas quanto mais penso sobre vender sentimentos, mais difícil fica… Isto é mais profundo do que eu imaginava.”
E não há rascunho, nem existe outro momento como foi aquele. Retomar o tempo é chegar noutro tempo. E agora recorto cartas, digito, fotografo e desenho por cima, ninguém responde… Não existe ninguém do outro lado; apenas tento voltar atrás… Estou vendendo o passado? Mas,
“Não venderia de jeito nenhum para um conhecido. É mais fácil vender para um desconhecido.”
Escrever também é assim, não nos confidenciamos aos conhecidos. Contei a história ao amigo que fiz em Roma…Todos os caminhos levam para Roma. As vozes estão no ouvido desconhecido do passante e do leitor.
Porque “Dá medo saber o que a pessoa amada pensa.”

001 (8)

008 (3) 005 (4)

Mangá – Bakuman 2

Deixe um comentário