Coração tão Branco

“Agora eu via claro: não é que não soubesse como, mas era uma superstição o que o paralisava, não saber o que pode dar sorte ou azar, falar ou calar, não calar ou não falar, deixar as coisas seguirem seu curso sem as invocar nem conjurar ou intervir verbalmente para condicionar este curso, verbalizá-las ou não fazer advertências, pôr em guarda ou não dar idéias, dão-nos porque nos previnem, e fazem que nos ocorra o que nunca teríamos concedido.”(p87)

Coração tão Branco – Javier Marías. Companhia de Bolso

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