Criar um espaço como pessoa, como criatura, tanger o real. A casa na rua X, a cidade no estado K, o estado num país W, eu no tempo. O tempo nos carrega. Somos labaredas informes. Escrever, ou tentar escrever meticulosamente com a ideia de reter, repetir, fazer existir alguma coisa precisa. Seguir, perseguir esta coisa: amorasazuis. Verdade desenvolta! Arrancar uma parcela, um fragmento de memória, ou uma amostra do que poderíamos ser. Ou a escrita deste livro, ou daquela nova leitura, novo olhar. O corte, o molde para nova costura. A escolha do tecido. Com palavras fundir a possibilidade, deixar um rastro, o traço, as ranhuras de um esforço. Escrever como signo, como marca. Como uma conversa solta, e ao mesmo tempo, nossa. Escrever como encontro. Compreensão. Escrever como aprendizado. E possibilidade. Lugares estáveis, permanentes, enraizados, pontos de partida, nascentes. Todas as frutas azuis daquele bosque, daquela árvore serão colhidas e preparadas para ser consumidas no grande grupo glutão! Bem, tais espaços precisos não existem, e porque não existem são questionados. Não há evidência. Não pode ser incorporado ou apropriado. Imagino…
Amoras azuis … é p/todas as Fernandas ???? As vezes me perco nos comentários das amoras …mas como é um grande surrealismo … deixo ir acontecendo…e tb fico pensando…pensando …
Fernanda. Tu me inspiraste o POST…Eu pensei num jeito de te responder, por isso coloquei teu nome, mas pode ser para todas as Fernandas! E Ainda não te respondi, a minha Fernanda vai voltar!