A bofetada

 “Minha querida Nora,” uma carta.  Assim começa a narrativa, A Coisa. Surpresa! Inquietude! Implacável. Primeiro, citações, Baudelaire… Longas citações, bem ao gosto. Depois ousadia libidinosa. E o conto agarra o leitor. Imediatamente, estupefata. Descrições, minúcias. Respirei. Pois é. Enquanto escrevo, enquanto leio, venço barreiras. Violência. Incomunicabilidade. Subserviência. A Coisa. É preciso avançar. Ultrapassar, insistir. Detalhes!  Difícil. Escrever. Difícil. Da leitura de Herman Hesse, O menino Prodígio, para Alberto Morávia: bofetada. A brutalidade de uma bofetada.

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