A dor que não se explica

Podia ser diferente, mas não foi diferente. Foi assim mesmo de encher os olhos de lágrimas. Como que a dor que espeta e se enfia no coração devagar e sangra. Não se sabe mais se queremos ou não queremos estar ali… Estamos estupefatos diante dela.  Não se sabe se vamos, ou ficamos. Apenas ficamos. Uma dor aguda então, ou a dor da tristeza, ou da mágoa, do aperto. Não. Não sabemos como é a dor. Talvez seja apenas aquela que se desfaz em lágrimas, muitas lágrimas, um lago de lágrimas. A dor que não se explica. Elizabeth M.B. Mattos – maio de 2016 – TORRES

Steve JOBS

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Os pensamentos constroem padrões como andaimes na cabeça da gente. São realmente padrões químicos gravados. Na maioria dos casos, as pessoas ficam presas nesses padrões, como riscos num disco, e nunca saem deles.

Vou ser sempre ligado à Apple. Espero que por toda a minha existência eu tenha o fio da minha vida e o fio da Apple entretecidos, como num tapete. Pode ser que eu saia por alguns anos, mas sempre voltarei. E pode ser isso que eu queira fazer. A coisa principal a meu respeito é que ainda sou um estudante, ainda estou em treino.

E você quiser viver sua vida de forma criativa, como artista, não pode olhar muito para trás. Precisa estar disposto a pegar tudo o que fez e quem foi e jogar fora.

Quanto mais o mundo exterior tenta reforçar uma imagem sua, mais difícil é continuar a ser artista, e é por isso que tantas vezes os artistas precisam dizer: ‘Tchau. Preciso ir. Estou enlouquecendo e estou indo embora. ’ Então eles vão e hibernam em algum lugar. Talvez depois ressurjam um pouco diferente. ”

Steve Jobs – entrevista para o escritor David Sheff

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Detalhe

Providenciaria a comida e tudo que precisasse. E virias a mim todos os dias, escalando o muro  do teu jardim, tanto no verão quanto no inverno. E todos os dias nos beijaríamos no escuro pra não me olhares, mas me sentires… Pois eu sou tua mulher e tu és o meu homem.

Pode ser Giorgio Bassani, O jardim dos Finzi-Contini

Sentirei teu corpo magro. Farei um carinho. A mesa pronta… Elizabeth M. B. Mattos – Torres 2016-05-04 14.32.15

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Sei que não devia desnudar-me ou contar, sei que não devia dizer nem fotografar, ou explicar. Sei que não deveria lembrar, nem exibir… Contar nos dedos, ou esperar. Detalhe é o tempo, os anos, as ondas, a janela, o foco sem foco…amar. Beth Mattos

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Sonho ou pesadelo?

Hoje. Aquela temperatura gostosa de um inverno fora do lugar, mas ensolarado e outonal. Tudo misturado. A luz, o prazer. Estar em casa.

Aberto, verde este dia. Colorido. A natureza entra sem convite e se instala nos sofás. Converso com a claridade do amanhecer. Beberico meu café preto. Passarinhos se agitam pelas buganvílias numa conversa amistosa.

Uma noite dessas sonhei que voltava pra casa, aquela casa da Rua Vitor Hugo, em Petrópolis. Não foi sonho, foi pesadelo. Peguei um táxi e chegando a Avenida Protásio Alves o motorista me explica que não existe mais a rua. Desapareceu, continua surpreso. Eu revido. Impossível. Meus pais estão lá, moram lá, e me esperam. Eu preciso ir para casa. Não pode ter desaparecido. Estupefatos, os dois. Damos uma volta. Ele repete. Desapareceu, não existe mais aquela rua. E fico numa angustia que me fez acordar, porque não sabia para onde voltar.2014-11-02 15.35.18.jpg