Há quem diga (e também já li em alguma parte) que o mais alto amor sentido pelo próximo não passa no fundo de mero egoísmo. Estranho recorte. Acho que somos o olhar do outro, a vontade do outro, o desânimo do outro. Estupefata! Nada me define; sou o outro. Não há defesa possível. Tu recuas, eu recuo. Então a liberdade presa no fio, … estranho carretel que corre para baixo do sofá … o fio está preso no pé da cadeira, tropeço, ou melhor eu me enrolo. Que saudade posso ter de mim mesma se não existo sem teu olhar tua palavra, teu gesto. Esquisitices de viver. Elizabeth M.B.Mattos junho de 2018 – Torres

Foto de Ana Maria Vianna Moog – junho de 2018 – Torres