tem um fio invisível que segura, prende um sentimento ao outro sentimento, um olhar ao outro olhar.
tem uma mão que segura outra mão
e aquela memória de tudo ser o mesmo, tudo igual, ou, já não é mais…
e já somos grandes, pessoas, adultos. E diferentes. Se espalha urgência desastrada, amorosa.
Quero os pés no chão, verdade pequena, chorar qualquer lágrima… entender.
e o pedaço de pão que reservei, o pote de água, a cama que deves descansar, te esperam, assim mesmo, … estranhados.
e não vens. E não virás. Desembarcou noutra ilha. Não falas. Não compreendes.
E eu te conto, escrevo, meu querido. Desde muito pequena converso, brinco e falo contigo, amado imaginado.
Foi tudo amarrado naquele fio esticado de ter doze anos, quatorze anos, quinze anos. E nos engalamos para dançar no baile do Country Club
as tuas areias, as tuas pegadas, outras. O teu mar, tuas terras, outras. Arrozais e pradarias ao vento: colorido teu mundo de luz, leveza, e sol.
Encantado, juvenil, descabelado crisântemo, alegre margarida. De sorrisos e leveza, crianças e balões. Outro quintal.
Vamos nos encontrar entre os perdidos -desaparecidos. Outro mundo, outro amor. Outro encontro. E vais me sorrir. Elizabeth M.B. Mattos – Texto perdido, ou repetido, estou procurando …, mas toda a memória marca o compasso.