contar ou escrever pensar a vida é uma viagem divertida, sem ordem, agarrada na sensação de eternizar, ou pregar o sonho no lugar certo / depois dos oitenta anos a gente quer ficar / continuar ficando e sentindo / não é fácil largar a mão, muito menos transferir o sorriso. um egoismo / um precioso egocentrismo / um brilho de Natal, de uma saudade, e lá estou eu debruçada.
acho que nunca estive, de fato em casa, fui mais visita, fui eu a ponte e a passagem, o bichinho a espiar / o cheiro, as vozes, aqueles fazeres dos outros se espalharam como pedrinhas para marcar o caminho e eu tive tantos filhos /tantas urgências, nenhuma escolha / foi empurrando por aqui e por ali que cheguei em Torres. Queria Porto Alegre, na verdade, nunca desejei sair do Ruio de Janeiro, talvez ter ficado com marco em Montevidéu, mas não useu o excel não fiz tapela, não planejei e deu no que deu… vou me acalmar quando voltar para a minha casa, meu lugar meu canto. Quando descobriri que meu endereço é Avenida Independência, eu vou.