
Pressa para assimilar ou passar ou ler / reter / esmiuçar o sentimento de cada palavra, a orgia dos parágrafos, os desenhos obsessivos de sentimentos contraditórios ou alucinatórios. A ideia de viver do eterno e desta maternidade imposta / necessária. Eu nado, eu existo, eu cresço, quero ser eu, quero mundo aberto. Na verdade, a vida presa ameaça, esbravejo, fujo. Agarro os pincéis, os lápis: escorrego pelas cares. Desenhos corações abertos, raízes, flores, as pedras interferem… Este gosto de morte em cada passo explica o eterno / o absoluto do túmulo. O sorriso interfere. Não adianta morrer, estará mediando a lembrança. Não sei se é meu ou se tem dono, ou solto, a disposição, existe para os outros… Solto respira. Enquanto respira se faz mão, corta o umbigo / serão dois, ou parte de três / ou cada um , cada um…o mundo.
Empilho desordenada mil livros, mil possibilidades, serias as conversar sobrepostas? informações, ou vou deixar descer o fel, a incerteza, o azul do céu amanhecendo, o tempo. Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2023 – Torres
