fora de hora

Faço comida fora da hora. Invento o frango, corto em pedaços. Sinto cheiro da vida, e, claro, penso / lembro que cozinhávamos juntos. De repente, vejo/enxergo o sítio: os cães e teus amanheceres. As margaridas. Tua cerca de atravessar conversa. Tua festa em Viamão. Passo a borracha no tempo. Mas a voz fica em riscado apertado: lápis forte, o desenho marcado… Não adianta apagar. Passo outro lápis colorido por cima, avermelhado, o amarelo se mistura ao verde. Teu sorriso se ilumina. Muito bom pensar em ti. Vou te escrever uma carta para alegrar este frio de Porto Alegre. Elizabeth M. B. Mattos. Outubro de 2023.

Deixe um comentário