colar o nome sem casamento

A pessoa cola o nome na biografia de alguém… Depois não consegue descolar. Não é a viúva, nem a filha, nem a mãe, nem mesmo tia ou amiga desta pessoa, um certo tempo, bem, existiu / depois foi tudo imaginação! Aquela mania de estórias na história! Colei / grudei a identidade e não desgruda mais… Aquelas colas caseiras eram boas, mas depois veio Araldite, cola definitiva! Enfim! Uma chatice, uma aberração! Aqueles namorados que não tem rótulo nem de primeiro, nem de último. Não é a última Coca-Cola nem mesmo Pepsi-Cola! Sou antiga! Mas uma invenção tipo fantasma… Estou sendo cruel, comigo, ou com ele? Não sei. Nem aquele feijão com arroz, aquela lentilha, engasguei, mas não tem jeito. Aqueles enroscos que demoram para ser curados, não são uma soma de eventos da vida, mas um enjoo. Terminou, no fundo, a pessoa mesma, eu mesma fiquei esticando, e agora!? Tenho um amigo, que vez que outro telefono, assim do nada, lembrei disso, devo ser assombração quando ligo! Dá uma saudade! Dele, de nós sendo jovens, da ideia toda, da alegria, de um período longo! Faz sentido, mas tem tanta gente evento! Leio muito memórias, de verdade, as esquecidas são as melhores, mas da história levantam fatos e grandes sentimentos! As de gente como eu, gente de carne e osso, parecem magras demais. Que sentimento esquisito! Jesus meu Deus (sem ser blasfêmia), eu me assustei, credo, foi a foto balofa, no sentido de repetida, engasguei outra vez. Elizabeth M.B. Mattos -novembro de 2023 – Torres (salva!)

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