Rotina deve ser / é, de fato, o melhor de um dia azedo. Ela se perfuma. Faço aquelas coisas, de todos os dias. A boa luz estupefata me coroa e durmo satisfeita.
Chove a chuva constante, aquela que veio para ficar. O bom namorado fiel que abraça e não sai do meu lado: escuta e diz, fala música. É a lua de mel. Momento de apaziguar e usufruir o que antes atormentou e tirou/arrancou do lugar a lógica de meu movimento, a minha sanidade… Aos poucos, sinto o conforto da rotina.
Aceito.
Não combato, não exijo, não desejo. O sonho, o sonho segue uma rotina de evidências com margaridas… Os jasmins fartos e perfumados. As buganvílias deram corajosos espinhos e tenho a cerca da varanda perfumada – posso caminhar ou ler protegida, esquecida das roupas, ninguém pode me ver, nem o céu… E não quero mais fugir. Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2023 – Torres