Sem dignidade, ou com autorização e personalidade, insistência, a revoada me atordoou: entrei no tal Gimo armada escandalizada! Marcas esparramadas na taboa corrida, com nódoas e desespero! Credo! Se alguém esteve comigo percebeu o transtorno da lógica invertida… Mato, arvoredo, bichinho: insetos ou natureza dentro da natureza, acabou, não quero. Urbana, das limpezas, de cheiros definidos por mim, higienizados. Esqueci até daquele mágico aroma de terra molhada… Ou cheiro de folhagem remexida pelo vento, ou jasmins sacudidos… Tudo isolado / apartado agora. Sem cupim! o compartimento poético fechado, blindado… O tal encontro com a revoada dos cupins! Mergulho de ponta cabeça na piscina do veneno, na loucura de higienizar… Pobres! E aquelas asinhas voam e as lombrigas se contorcem… Que assunto! Que nojo! Que pena! Que tumulto! Preciso me curar dos traumas e deixar de lado tanta violência! Detesto estes buchinhos… Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2023 – Torres