Pela fresta sai tanta informação! Duas frases ou duas observações cravadas na memória se espalham… Quem afirma que podem ser confiáveis? Estas histórias, como Hércules, seguram o mundo que guardo para me sustentar, evidencias ou não, são faíscas de vida. Os queridos, as queridas, os perigosos e também os malvados.
Foram frestas, um presente, uma vontade. Desencadeou todo um sentimento, uma curva, uma volta de exaustão. Será alerta? Os braços, as pernas, o pescoço, os dedos doem… A doença não tem nome, tem uma coisa que estica e puxa, depois o silêncio se impõe generoso. É verdade, estas revelações não importam mais, minimante. Preciso encher os vasos com rosas. Deixar o perfume das frutas se espalhar, entrar outra vez naquela narrativa usada de Natsume Soken. Por que desarrumar o tempo? Vou beber o leite e deitar outra vez. O jardim silencioso e manso já me devolveu a quietude. Outros sonhos virão, sem carência nem faltas, nem tumulto. Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2023 – Torres – o passarinho, assustado, segue apertado contra o vidro – não sei se consegue sair…
