livros recheados, lotados de velhas e novas leituras, então volto a citar / sublinhar por que, porque é porquê.
“- Mas a impressão de um contato pode durar tanto tempo assim? – perguntou Constance de súbito. – A senhora o sente até agora…- Oh, madame, que outra coisa pode durar tanto? Os filhos crescem e nos abandonam. Mas o home, ah! Mas mesmo isso os corações duros querem matar na gente: lembrança do contato. Até os nossos próprios filhos! quem sabe das coisas? Nós poderíamos ter nos separado, mas o sentimento é coisa diversa. Melhor talvez seja não gostarmos de ninguém. Entretanto, sempre que vejo essas mulheres que nunca foram aquecidas por um homem, tenho a impressão de ver corujas, pobres corujas, por mais que se enfeitem e corram atrás da vida. Não. Nada me faz mudar de ideia. Não tenho grande respeito pelo mundo.” (p.188) David Herbert Lawrence O Amante de Lady Chatterley – fevereiro de 1972 – primeira edição – Editora Civilização Brasileira , Rio de Janeiro – direitos cedidos a Editora Abril – volume 33 – Os imortais da literatura universal – (apenas um recorte) – a leitura tem idade, verdade…