redimir

Por mais palavras que sejam pronunciadas a cada momento numa cidade para expressar os desejos pessoais das pessoas, uma jamais se encontra entre elas: a palavra “redimir”. Posso presumir que todas as outras, as palavras mais apaixonadas e as mais complicadas expressões, e até relações marcadas como exceção, são gritadas e sussurradas simultaneamente em muitas duplicatas por exemplo, “você é o maior patife que já encontrei”,” ou “não há outra mulher mais linda quanto você”. Estas experiências tão pessoais poderiam ser representadas por estatísticas. Mas ninguém diz ao outro: você pode me redimir, ou ” seja meu redentor”, “faça isso por mim.” Aconteça o que acontecer, coisas possíveis e impossíveis, muito comovido ou não, mas ele jamais dirá redimir, redentor ou redenção. Uma barreira. Como explicar isso? Não sei. Uma lágrima sim, redenção não. Elizabeth M. B. Mattos – janeiro de 2023 – Torres Suponho que ninguém reparte ou divide de verdade / mas ama, odeia, perdoa, confessa, redimir não…

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