Ainda Torres, de repente, outro lugar, outra tenda, outra instalação, outra vizinhança. Outra perspectiva. Outra vontade arrancada do desânimo. Estranho espelho no meio da sala. Modificar a luz. Rasgar as janelas para que a rua atravesse a sala. Mar lagoa morros. Parreiras carregadas de uvas maduras porque é verão. O excesso se chama verão.
Estou aqui. O que queres? O suco? Espremi os limões e aproveitei as maças… Vais gostar. Coloquei cerejas na geladeira.
Alguém diz o meu nome. Tão baixo, acho que estou imaginando. Elizabeth M. B. Mattos – fevereiro de 2024 – Torres



Escrever pode ser apenas enganação. Escrever não é enganação é certificação de que aquela encenação teatral, teatro, existe. E a ilusão enfeita a vida, descasca a monotonia do perfeito. Não há certeza e o incerto se torna o desafio. Amar tem este gosto. Sexo, toque, beijos e beijos, e carícias. O corpo a te fazer enganação mental. Pode ser? Sem amargura, apenas sublinhar, constar: as letras, são apenas letras. GCM / LAFalso / JCKC / JMCL / MF / PCM / JCN / JRD que excesso de J sem o C sem o A sem o R… Sem amor. O que importa, esqueci. É a Elizabeth brincando de Beth querendo ser Liza ou… Ser tua.