Compulsão / compulsiva pelos livros a serem limpos / guardados ou descartados, lidos, relidos… Usei errado o título?! Nada a ser resolvido, eu suponho, ou é preciso resolver? Ou estou / ando compulsiva, pensando em respostas? Estórias, parágrafos: voos e narrativas. Posse ou vida?



Não tenho certeza, talvez tenha, mas estou no limbo… Céu, inferno. Definidos. Embate. Resoluções e tentações, incertezas certas: mal cheirosas. Eu sei que já não me serve mais, não seve mesmo. E não consigo dizer basta. Terminar o pacote, encaminhar o presente, resolver a questão parece um vazio maior, uma angústia sem fim… Quero o final. Quero fechar o portão e dizer: hoje tu não entras, não moras mais aqui. Melhorar o que não está bom… Ufa! Não sei me explicar, nem te dizer. Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2024 – Torres – limpeza e desordem.

Torres ah! meu querido, a covardia faz parte, eu então, protelo… desconverso, vou no teu verso. Lindo! Cômodo: luxo agradável da riqueza. Contraponto. A pobreza franciscana: os ricos apertados na gastança não enxergam, (mas tu sentes e desejas, pelo menos um pouquinho, um pouquinho). Eles se fartam do mesmo xadrez dos mesmos canteiros, daqueles lençóis esticados, da limpeza, do respeito, do higiênico e esterilizado lazer. As margaridas arrumadas, impecável por de sol. Ah! E eu querendo todas as ervas daninhas, todos os espinhos do caminho… Ao menos alguns ardidos. A desordem sempre foi minha ordem, o fazer o caminho, sem projetar, apenas ordenar os potes, fazer a comida, lavar a louça, estender a preguiça e mexer nos pincéis sem fazer coisa nenhuma… Cuidar para que as tintas não sequem. Deixar a noite amanhecer quieta. Chover chuva no gramado e reduzir o custo do aluguel, quem sabe uma mansarda para as estrelas. Três lances de escada, água nas torneiras. Tuas roupas nos cabides. Minhas roupas nas gavetas. Um beijo. Elizabeth M. B. Mattos – fevereiro – 2024 – Torres


