“Todo mundo escreve; todo mundo se serve de qualquer pensamento como se fosse seu, desde que lhe convenha; ninguém mais pensa numa responsabilidade pelo todo!”(p.402)
“Nós nos movemos o tempo todo entre instituições, perguntas e exigências das quais pouco sabemos, de modo que o presente está sempre recorrendo ao passado; se me permite a expressão, afundamos até os joelhos nos porões do tempo, e pensamos que é presente!” (p.402-403) Robert Musil O Homem sem Qualidades tradução Lya Luft e Carlos Abbenseth – Rio de Janeiro: Nova Fronteira -1989
Todos os retalhos são agora / hoje, e, não significam nada. São pinçados. Tudo já foi dito / gravado, anotado… E ninguém quer deixar de ser alguém / pessoa. Se acaso houve acaso, e houve… Há repiques, reviravoltas, contornos: o poder assusta, aguça, agiganta e minimiza a voz. Ah!, este agora. Se não tem vento, eu invento, se faz calor, chega a chuva. E se está frio, invento a neve. O vento devolve o sentimento da risada… Não faz sentido. E assim mesmo está escrito. Aconteceu. Haja muros e cadeias e prisões e porões. Memória! E o choramingo chora… Elizabeth M. B. Mattos – fevereiro de 2024 – Torres