Jon Fosse

Leitura radiografia / ou um espião dentro de mim… Então leio uma página e interrompo por uma semana. Eu disfarço, escondo a vontade, a descoberta, reorganizo o sentimento…

É como um pincel com vontade próprio que se mexe, não se interrompe embora o braço esteja cansado, a tinta terminando, a luz acabando, um frenético pincelar, assim Fosse escreve. Com ritmo, estou lendo uma tradução, não sei ler norueguês nem posso imaginar tanto frio, tanto escuro e depois tanto sol… E eu escuto uma sinfonia, uma música, um som, estou lendo, mas a música toma o livro inteiro. Então eu preciso esperar. São apenas cento e oito páginas – não sei como explicar – nem o que posso escrever / dizer – como se o feitiço entrasse pelo sangue…eu vou morrer / eu vou desaparecer, eu nunca mais vou pode voltar a escrever… Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2024 – Torres

[…] mas por que a escuridão veio tão de repente?, afinal já está quase escuro, não?, ele pensa e olha para o Fiorde e as ondas batem forte contra a Orla e ele ainda consegue ver as ondas, mas acima de tudo ele as ouve, ele pensa, e agora ele precisa voltar, voltar para casa, e por que não tem vontade?, será ela, o fato de que ela o espera, o fato de que ela parece estar iluminada na janela, será isso o que lhe tira a vontade de voltar para casa?, não não pode ser, mas ele está com um pouco de frio, e de qualquer modo já está quase escuro. de repete ficou tudo escuro, um escuro quase total, então o melhor seria voltar para casa, ele pensa […] -p.37- Jon Fosse É a Ales

É como um pincel com vontade próprio que se mexe, não se interrompe embora o braço esteja cansado, a tinta terminando, a luz acabando, um frenético pincelar, assim Fosse escreve. Com ritmo, estou lendo uma tradução, não sei ler norueguês nem posso imaginar tanto frio, tanto escuro e depois tanto sol… E eu escuto uma sinfonia, uma música, um som, estou lendo, mas a música toma o livro inteiro. Então eu preciso esperar. São apenas cento e oito páginas – não sei como explicar – nem o que posso escrever / dizer – como se o feitiço entrasse pelo sangue…eu vou morrer / eu vou desaparecer, eu nunca mais vou pode voltar a escrever… Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2024 – Torres

“,então ele não quer se virar, não quer olhar para ela, quer simplesmente dar um passeio pela Storevegen, hoje não é dia para ir ao Fiorde, está ventando muito e nem ao menos dá vontade agora que o dia está tão claro quando fica nesta nesta altura do ano,”

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