Luis Vaz de Camões

Queria visto ser, ser invisível; / Ver-me desenredado, amando o enredo; / Tais os extremos são com que hoje vivo! Luis Vaz de Camões / Sonetos para amar o amor / LPM Pocket / 1997 / Porto Alegre (p.61)

Pois esta repetição de amar / amar o amor e amar a saudade que se move para voltar. Repetidamente, na exaustão, a mesma. Voltar pra se revirar, duplicar e ficar… Quente, acomodada e dizer a mesma palavra: chamar sem voz. Derrete e se repete, apalavra, silenciosa. E cá entre nós, coisa minha esta de repetir saudade. Gosto de amor e deste silencio: o nosso. Coisa esquisita estar a dizer o mesmo do mesmo. É que o amor se repete / a saudade se repete. Meu amigo está certo, não se deve mexer em nada. Respirar é muito. Elizabeth M.B. Mattos – julho de 2024 – Torres

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