quero te perguntar das cores do céu, ou como o vento soprou ontem. quero saber se estás feliz e se a vida te cuida e abraça. quero saber se bebes um café vez que outra, ou se comes um pedaço de carne, com certeza legumes e saudades. não sei. pessoas especiais, únicas vivem numa esfera multicolorida, quase transparente, obscura para seres comuns. nunca saberei das cores, muito menos das nuances. soube do Camilo porque estava na televisão exibindo novo filme. arrasta verdades sobre a água. difícil verdade. bem, eu não sei como te encontrar (ou não quero). onde estás, ou se estás… te conto que estou do jeito que sempre fui: velha, transparente, triste e cheia de alegrias súbitas, a sorrir triste. paradoxal? não. minha natureza é esta, mais para rir e enfeitar e sorrir e inventar doque viver. se me escreves vou acordar. um beijo, um abraço e aquele silencio bom, próprio dos que amam…depois sabes, vou falar sem parar, sem respirar, como sempre. do jeito que já conheces. ElizaBeth M. B. Mattos julho de 2014 – Torres
