filhos querem agradar aos pais, que confusão! pais querem ver/saber de filhos decididos / vivos / donos de suas vidas… e a gente nunca tem certeza, não sabe.
tudo um emaranhado – que confusão! E na verdade, ninguém deve isso ou aquilo / importa é respirar, e, se neste respiro, houver aceitação / compreensão / irmandade no lugar deste laço de descendência… como escreve Cesare Pavese in Oficio de viver
29 de janeiro
A coisa mais trivial se torna interessantíssima, desde que descoberta em nós mesmos. E decorrência disto, que não é mais uma coisa trivial abstrata, mas inaudita de realidade e de essência nossa. (p.146)
e continua escrvendo neste diário:
2 de fevereiro
Se é que somente as conscientizações que coincidem com coisas que já sabíamos (3 de dezembro de 1938) são verdadeiros progressos interiores, então só importa em nós o inconsciente e nele está nossa verdadeira índole e têmpera. O que se aprende na vida, o que se pode ensinar, é a técnica da passagem à conscientização – que se torna deste modo a simples forma de nossa natureza. (p.147)
Esquisitice esta questão das relações.
Eu, e creio que muitos, procuramos não o que é verdadeiro em absoluto, mas o que nós somos.(p.357)
Não resolve morar na mesma casa / que as distâncias se façam, e, seria /sou livre para ser eu… Ser eu importa – sem regras. Elizabeth Mattos – agosto de 2024 – Torres