Antes?!
Apreender, fazer, ou recomeçar, ou mesmo iniciar qualquer pequeno gesto, requer paciência. E, eu me surpreendo entre sombras, cinzentos e claros, objetivos e subjetivos. Não quero ter medo de ousar. Ah! O medo alerta! Eu encolho. Narrativas, histórias, envolvimentos e sentimentos se renovam. Os mesmos ditos amores, amizades, ciúmes, revoltas ou acertos? Não. Nunca o mesmo, sempre novo. Não consigo estabilidade, surpreendente: soluções diferentes embora o incômodo, a decepção, o problema pareça ser o mesmo. Acordei outra. Impacto, maior ou menor. Não temos nada de heroico, ou fora do comum. Estar atenta importa. No final, necessidade de ternura. Ternura derramada, natural, sem
compaixão. Ternura fácil. Esconder o problema
faz parte da estratégia. Exposição debilita. Sublinho o indivíduo, o estético. O universo estético arranca do real e a cor dos pincéis, o desenh0, as tintas solucionam. Ao escrever quero o cúmplice. Estender pequenas obrigações. Paz de certezas coloridas, meio aos temporais. O mundo num todo remexe com meu mundinho, não é possível fechar as janelas, trancar a porta, tirar o som, escuto a respiração. Elizabeth M. B. Mattos – setembro de 2022 Torres