zero ou vazio

Paciência zero com cinza: vazio do inverno se supera. Vento parado e sussurro intercalado: floração. Que seja! Eu? Estou a te escrever e imaginar teu jardim escolhido. Tua leitura inquieta e as horas concentradas para teu escrever. Eu te compreendo. Braços ocupados, cabeça a transbordar… Ontem fiz uma sopa do teu agrado. Senti tua falta, como sempre, mas depois fui borboletear… Ah! Borboletas mutantes e surpreendentes…Queimam, assustam e deixam minutos coloridos. Tu tens uma alma borboleta. Pois é. Estou com saudade da nossa preguiça, das mãos dadas / daquelas horas de amanhecer fazendo de conta que o sono não se foi. Adoramos, os dois, fazer de conta. Com certeza, saudade do sono, do silêncio e do piano, ( das dúvidas ). De sentir calor. Quero que te apresses e me escrevas logo / escondido ou em aberto. No segredo do amor: amor tem gosto de mistério, do não concluído, do não encaixado na vida de todo dia… Bem, o mais, o real, o de todos os dias é sobrevivência. Eu te sonho. Elizabeth M. B. Mattos – outubro de 2014- Torres ( tu te dás conta que o barco atracou / naufragou / desapareceu, mas eu fiquei?)

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