barra de chocolate

Barra de chocolate / o bom conselho. O pote com bombons e a janela aberta. Comprei flores com talos pequenos, perfumadas: jasmim com margaridas e…

Eu me distraio. Olho inquietude. Passo as fronhas e os lençóis e imagino… O ideal seria fazer o esquema: as cabeças, as pernas e o volume do corpo. Inclinar o lápis. Comprei bons grafites. A mãe desenhava com firmeza, sabia usar cores. Era cenógrafa. Definia espaços com perfeição… Detalhes de beleza. Não adianta falar, dizer tanto. Há que respeitar a majestade do silêncio. A casa? Tapetes e cortinas, o bom cheiro da imaginação. Perfumada alquimia da cozinha. Quando penso a minha mãe lembro generosidade, nela, o gesto transbordava amoroso e cooperativo, nunca inútil. Inteligência é espelhar. No comando a luz sem medo, colorida a vida. Nunca preto e branca. Há que pulsar. Tá quieta a noite. Quieta. Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2024 – Torres

2 comentários sobre “barra de chocolate

Deixe um comentário