arrastar o erro

Errar ok, a gente erra, e depois? Há conserto ou novo caminho, ou falar no assunto, enterrar… Coisa mais complicada esta coisas de viver. E tomar consciência – saber dos cantos dos tantos mundos… São tantos possíveis! Tudo ao mesmo tempo… E saber dos sentimentos também. A tal possibilidade de discutir as inquietações, arrancar as dúvidas, confessar. E depois? Oxalá os muros se levantem! Tanta confusão! E deixamos de ser pessoas, logo números. Preenchemos exigências! Que saudade do tempo de ser menina sem exigências. Brincar no jardim. Depois ter aquela mãe e aquele pai -, abençoada eu fui. Nasci livre. Pés descalços, risadas e lágrimas soluçadas sem problema. Soluçadas. Era eu sem alma, sem culpa, ou apenas um pecado vivo e livre? Esta coisa de culpa caminhava, mas logo se perdia entre as margaridas, no gramado, ou na calçada. Sempre as frestas da luz eram boas direções. Uns conseguem, outros não. Coisa de sinfonia, da música deste abraço de sons poderosos… Escutar e entender a música, como a gente entende o silêncio. Conversar virou esgrimar. Difícil! Haja maestria e destreza. Elizabeth M. B. Mattos – janeiro de 2025 – Torres

Depois que a gente envelhece deixamos o coração envelhecer, não para tudo… A gente fica seletivo, deve ser isso. E como!

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