(7 de agosto)
Ruptura comum em tempos de transição: as formas são novas e a alma velha. Não o contrário como se pensa.
Primeiro, as formas mudam; depois, as coisas interiores. Poder da palavra, da forma, do estilo.
(8 de agosto)
A vida não é uma busca de experiências, mas de si mesmo. Descobrindo a própria essência básica a gente se dá conta de que ela combina com o próprio destino, e encontra-se a paz.
(11 de agosto)
Uma das mais desagradáveis coisas da vida é perder o ritmo, mesmo numa simples frase. É tão fácil – aliás, fácil demais – dar um ritmo a uma personagem da arte e jamais permiti que ela saia dele. Por isso existem muitos tipos ideais de romance, que agradam leitores e leitoras.
Odiamos uma pessoa quando ela perde o ritmo.
Parecem ser poucos os casamentos felizes porque porque não se encontram romancistas em um casamento feliz. (p.199-200) Cesare Pavese O Ofício de Viver Diário de 1935-1950

janelas abertas – segredos do recanto – Paty / RJ