tempo físico e tempo interior

sinto com maior ou menor clareza esta mudança: quando criança um dia enorme! dormir/ deitar antes do sono um desperdício… agora, pois é, agora os dias estão, assustadoramente, lentos. eu os queria apressados, alegres. os dias me parecem punitivos. eu alegre.

o rio apressado, o dia preguiçoso, ansiedade. sou a medida, relaciono. os problemas sociais não são exatamente solucionáveis… o estudo de grandes problemas econômicos, sociais, raciais repousa em indivíduos. e, no tempo encolhido de cada um. o mundo respira. a duração do indivíduo, uma unidade defeituosa. família, o efêmero / quase circunstancial! vejo os casais apressados…

penso: ócio é mais perigoso para os velhos do que para os jovens… este nada / pensar nada / rodopiar moderno assusta em todas as idades e a vaidade corrida, exagerada! queria ligar o tempo, colocar na eletricidade / energia / conseguir alterar tudo. O esforço muscular não foi de todo eliminado da vida moderna, mas tornou-se menos frequente, quieto. Aonde estão os jardins? Os canteiros, os pés descalços? Os vizinhos? Os corredores… Elizabeth M. B. Mattos –

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