ela nunca me contou

ela nunca me contou exatamente o que aconteceu… eu? eu não perguntei detalhes, nem para ele, muito menos para ela. certas coisas, a vida nos ensina no silêncio, aos empurrões… o curioso, ainda conversamos, ela e eu sobre tempos idos, mas ela nunca deixa de mencioná-lo com desprezo, ou inquietação raivosa. eu me surpreendo. já se passaram tantos e tantos anos? a esquisitice me surpreende. os anos / estes tantos que vivemos, mais do que meu pai e do que minha mãe, minha tia Joana…pois é, estes anos atravessam a alma e me fazem mais forte, eu quase esqueço… luzes, os filhos, os netos, e me sinto tão viva! eu ainda rezo. abro a porta e, quando vens me ver, sei bem do teu carinho, da tua saudade querido. obrigada. será que as intrigas interessam? sei lá… Elizabeth M. B. Mattos – maio de 2025 – Torres

…porque me gosto nesta foto que Joana Moog fez qdo fui visitar o primo Cláudio Bohrer e estávamos todos juntos no Rio de Janeiro

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