A vida continua… eles estão conosco, os animais / pensam afetivo, isso faz a diferença. Pensar, conversa. Dividir expectativas faz parte do tempo, os livros gritam e se explicam. Difícil entender o mundo / as telas de celulares e de computadores assumiram o palco. Eu dou dois passos, fotografo as panelas, a chuva, o que estou assistindo na televisão. Fotografo o movimento das calçadas, o bolo… E mando, imediatamente, para os filhos, netos, amigos… Estou viva, estou aqui. De repente sinto saudade do silêncio. Do nada. Mas, imediatamente, escuto a tal solidão… ou a exigência: preciso fazer isso, responder aquilo, e no meu caso, limpar lavar e passar. A cada um sua obsessão. Saudade do compromisso do trabalho, da turbulência da sala de aula… saudade do meu egoísmo de vida. De pessoas. E saudade dos sentimentos… Do sentimento passageiro, fantástico. Aquele específico encontro e reencontro. Saudade é uma palavra quente. Ah! Se fosse possível desdobrar em vidas possíveis o tal coração! Eu ia contar do cão que quase se mudou para cá e me visita, mas não é meu, destas turbulências! João e eu íamos adotar, mas ele já tem dono.


Danada confusão! Possuir, mas não ter… Elizabeth M. B. Mattos – junho de 2025 – Torres com chuviscos – pois é…
