meu querido: estou atrasada nas cartas, sim, gosto de usar a palavra carta. vejo teus dedos compridos, magros, abrindo devagar os envelopes, e podes, tu também, imaginar minha ansiosa ansiedade lendo tua longa e amorosa carta. ciumenta, imagino quantas cartas de amor já escreveste! quantas outras escreverás que não serão para mim. enlouqueço. enlouqueço apenas um pouco, ainda não posso pensar na fogueira, no pinhão… mas as noites geladas, frias já estão aqui. então, meu querido amado, eu te penso na loucura boa de te amar. volta logo. Elizabeth M. B. Mattos – julho de 2025 – Torres