atrás do detalhe da memória estressada, um eu cansado. desavisada, descontraída estou a te pensar, meu querido. termino de limpar e de pensar. dores picadas atrapalham… elas se espalham pelo músculo, acho que se dobram… também elas cansam de ficar imóveis, quietas ou sentadas. já não pensam mais, mudam de lugar, e eu sinto com elas. dores se dobram… vou soltá-las ao vento. talvez conversem na calçada… pois é. enquanto limpo o cheiro se altera, os livros gritam… mas eu não me encorajo. limpá-los, escová-los ou mesmo organizá-los, preciso. esqueço o tempo. pois é, meu querido, esqueço de te escrever, não de te pensar. não de te pensar e amar devagar: tenho sonhos vivos, saem pulando da minha cama e se agitam pela casa a te procurar… eu preciso que voltes. um beijo. Elizabeth M.B. Mattos – agosto – 2025 – Torres

vou deixar a porta aberta…