Pensei: um dia a gente deixa de dizer / falar / não escreves, não escrevo, simples assim… vai desaparecendo o sol, o gosto. Já estás a desafiar ouro lado da vida, da sobrevivência, e eu a cantar pela casa, distraída, sem vontade. O som dos novos / velhos tempos se acomodam… Olho no espelho, não me reconheço, mas ainda sou eu, não sou? É a pele. Não, são os olhos. O cabelo? Não sei. O tempo se esparramando também pelo meu corpo. O sono! Ah! Aqueles prazeres todos do sono, aonde estarão? Se os vidros estiverem limpos…verei mais bonito o dia lá fora. Elizabeth M. B. Mattos – setembro de 2025 – Torres cinzenta, a lagoa cinzenta, o tempo invernando outra vez.
