
sou atrapalhada, tenho um medo enorme de errar o erro / falar parece assustador, então, eu amontou umas tantas palavras e vou metralhando a outra pessoa / nem respiro. eu me surpreendo quando alguém escuta, estranho… desarrumo para recomeçar a arrumar, abro as gavetas, deixo abertas para fechar no dia seguinte. mato os cupins, eles ainda me seguem / perseguem. então, desanimada, sento na minha poltrona escuto música / danço depois e me alegro. vou para Marte amanhã. Elizabeth M. B. Mattos dezembro de 2025 – Torres