De amor e trevas
“Uma vez, quando eu tinha sete ou oito anos de idade, minha mãe me disse que embora os livros possam mudar ao longo dos anos, assim como as pessoas, a diferença está em que, enquanto a pessoas sempre nos abandonam quando percebem que não podemos mais obter nenhum vantagem, prazer, interesse ou pelo menos um bom momento para nós, um livro nunca vai nos abandonar. Você com certeza vai abandoná-los, algumas vezes por muitos anos, ou até para sempre. Mas eles, os livros, mesmo traídos, nunca vão lhe dar as costas: vão continuar esperando por você silenciosa e humildemente nas suas prateleiras. Eles nos esperam até por dezenas de anos. Não se queixam. Até que numa noite, quando de repente você vier a precisar de um deles, mesmo que seja às três da madrugada, e mesmo que seja um livro que você tenha desprezado e quase apagado de seu coração por muitos e muitos anos, ele não vai decepcioná-lo —- descerá da prateleira e virá conviver com você num momento difícil. Não fará contas, não inventará desculpas e não se perguntará se vale a pena, se ele merece, se você merece, se você ainda tem algo a ver com ele, mas virá a você no momento em que você pedir. Jamais vai trair você.” (p.319-320)
amoras azuis 
Os livros do Oz são inesquecíveis. Bons mesmo.
Lucia: tens razão, todos os livros de Amós Oz são preciosos. Bom teres participado, estou com um pouco de medo, mas o tempo passa e…fica-se escondido. Queria fazer a Oficina do Assis. Queria mesmo. Lembro dos teus escrito! Saudade! Beijo
Entendo que os livros que não conseguimos alcançar hoje, estando lá no mesmo lugar da prateleira, sempre está no aguarde: há um tira teima em nós que nos leva de volta a eles, melhor dizendo, e aquela horinha em que tiramos a teima,passa a ser “bendito o fruto entre as prateleiras”… Senti isso várias vezes e só me arrependo de ter deixado livros para trás pensando que cuidariam dele como eu… Não, mesmo o não lido, ou lido em parte tem que seguir com a gente…Aprendi no entanto, mesmo abandonado, é capaz de se apresentar bem ali na banca do sebo e se exibir…”estou esperando para conversarmos”…Ah como curto essa confidência…Eu e ele, ninguém mais sabe o que se passa nas entrelinhas de uma pequena biblioteca particular..(,,,).”mesmo que seja às três da madrugada, e mesmo que seja um livro que você tenha desprezado…AMÓS OZ” concordo com você, acontece demais comigo…Você Amós,por exemplo, ainda não li…
Sonia, tua conversa não é comigo, é com Amós , mas escutei, li …. E agora? Concordo contigo. Está ali a nos esperar quieto, fechado, nosso autor, nosso livro, e de ninguém mais. Espera paciente. O bom livro, o único. Adorei. É isso. De repetente, ele é ele… e, lá vamos no mergulho, na confidência, na festa! Coisa boa! Obrigada! ” Mas o sr. Zarchi era um autor que escria ‘ histórias de cabeça’. Meu pai dia: ‘ Se você rouba seu saber de um só livro, vai ser muito criticado, taxado de plagiador, ladão literário. Mas se rouba de dez livros, já é considerado um pesquisidor, e se de trinta, quarenta livros – um grande pesquisador.’ (.157) Amós Oz de amor e trevas
Adorei ler como adoro meus livros !!! Gosto de apreciamos nas prateleiras recordando suas estórias e ensinamentos!!
Maria Elisabeth temos os mesmos entusiasmos, leituras completas , o gosto de prazer prolongado
Somos duas neste prazer, duas.