“O amor não tem portas que possamos abrir e fechar, nem passagens secretas para um sótão onde possamos fazer férias. Toma conta de tudo em nós, envolve-nos como um lençol de tédio, sedoso, infinito. Ninguém fala deste tédio sublime, tão contrário à acção e à eficácia, imóvel inimigo do mundo. Só no tronco do sonho, iluminado e funesto, o amor interessa. Prolongada, a vida torna-se demasiado curta e o amor ganha o ritmo da chuva que bate leve, levemente.”
INÊS Pedrosa, Editora Planeta. p.78 do livro: Nas tuas Mãos