A última Página

“É estranho e assustador o que se agita de novo em meu cérebro, como as letras num envelope de carta iluminam os mais obscuros recantos da memória, como detalhes intocados há cinqüenta anos ressaltam com grande nitidez. O tênue chamariz, tudo prontamente se apresenta. Sempre esteve ali – silencioso, sem uso, mas presente -, a fim de, num dado momento, pretender corrigir a trajetória de uma vida.” (p.10-11)

“Provavelmente, sempre esperei ser abordado e reconhecido. Vivia num estado de expectativa por esse momento em que, afinal, me é permitido tirar a máscara e dizer: pois bem, agora posso me mostrar.” (p.11)

Michael Krügel    A Última Página

Companhia das Letras, 1995.

Iberê Camargo

 

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