Hoje sempre ontem. Se quiser saber o que aconteceu com Alice, com a Suzana, Sandra, e Roberto, ou com a Joana, Maria Augusta, José, Ricardo, Agnaldo Pacheco, Vladimir, Flávio e Eduardo. Ricardo Vilas. Anita. Francisco. Antônio e Agilberto, nada contundente se revela. É preciso a Comissão da Verdade. Desapareceram sem deixar notícias nos jornais. Ou em mim? O que faz a notícia não diz tudo, ainda. Ernesto Sabato protestou. Agora saberemos como foi a morte de Jango . E como o marido de Dilma, presidenta, foi castigado. Albert Camus morreu num acidente de carro. Walmor se suicidou. João Pedro caiu no mar. Seguimos sem saneamento básico. Ruas esburacadas. Trânsito caótico. O dinheiro roubado não foi devolvido. Ou foi? Mas tudo será dito sobre a tortura. E tudo será feito pelo miserável, não haverá pobreza extrema. Tranquilizo. E, meninas dançam, namoram. Usam bonde tanto quanto automóveis. O bonde de Santa Tereza enfeita o Rio de Janeiro. Longa tarde de risada e sonho. Vou para Portugal! Juízas. Advogadas, mães, promotoras. Resoluções. Importa é estudar. Ou no ócio, o prazer… Pedregulho. Caminho estreito. Digitalizado. Simples. A notícia de ontem ainda se faz hoje. Amadora sou eu a reler, e reescrever. Já passou… Tudo estórias.
O espelho esconde trapaça, discute. Labirinto.
De qualquer jeito, cristal ou vidro, destorcido. Que seja bem vindo espelho! Tua imagem invertida.
Ana Moog – 2020
Joana Moog – 2020
Beth Mattos – 2020
Luiza e Eduardo – 2020