
“Está cada vez mais difícil, em nosso mundo de hoje, encontrar inocentes. No exato momento que estiver lendo estas linhas, o leitor poderá muito bem estar sendo culpado pela prática de algum delito sério, mesmo que não saiba disso – e provavelmente não sabe. Como poderia saber? As noções de certo, de bem ou mal ou justo e injusto, cada vez mais, são definidas por dezenas de ‘causas’ em relação às quais é indispensável estar do lado correto. E que lado é esse?”
p. 114-115/ 24 de abril, 2013 VEJA J.R. GUZZO
“Não me sinto qualificada para distinguir o que é bom ou mau para um Estado, para uma cidade, para uma pessoa. Entre todos e tudo, só um único indivíduo me interessa. Esta é minha doença, minha obsessão, e ao mesmo tempo alguma coisa que de certo modo me pertence e me foi confiada para que a julgue segundo meus critérios.” A política jamais me fascinou – 21 de abril de 2013. EMattos
Não somos mais nada. Oscilamos! Tudo vai dar confusão! Estamos cada vez mais ovelhas assustadas?E não fazemos nada…
Muito bom!!!
Há um texto do Olavo de Carvalho, intitulado Falsos Relativistas, que complementa bem esse artigo (http://www.dcomercio.com.br/index.php/opiniao/sub-menu-opiniao/106800-falsos-relativistas). Nele, o autor explica justamente como o discurso relativista (“não existe apenas uma verdade, mas sim muitas”, entre outras frases do tipo) é usado por ativistas justamente para desarmar aqueles que possuem opiniões contrárias às suas, impondo em seguida sua visão de mundo como se fosse a única correta e rotulando quem quer que com elas não concorde de reacionário, detentor de uma mentalidade medieval e por aí vai.
É interessante notar, como apontado no texto, que a motivação por trás de diversas causas políticas e ideológicas em voga hoje é não a tolerância, mas o ódio. A propósito, e lembrando que, numa completa inversão das coisas, os cristãos são tidos hoje pela mídia e pela nossa cultura em em geral como intolerantes, transcrevo trecho interessante de uma palestra de William Lane Craig, filósofo cristão:
“A concepção tradicional de tolerância é a de que, embora eu possa discordar do que você tem a dizer, defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo. O problema é que o entendimento de tolerância em nossa sociedade politicamente correta mudou. Hoje, tolerância significa: não ouso discordar do que você tem a dizer, pois do contrário estarei sendo fanático e intolerante. Mas tal conceito de tolerância é logicamente incoerente. Pense nisso. Se você tolera uma opinião, então o próprio conceito de tolerância pressupõe você achar que a opinião tolerada não é verdadeira, do contrário você não a toleraria, você concordaria com ela. Você só pode tolerar uma opinião se a considera falsa. Portanto, o próprio conceito de tolerância traz consigo um comprometimento com a verdade. O cristão está comprometido tanto com a verdade quanto com a tolerância. Pois acreditamos Naquele que disse não apenas ‛Eu Sou a verdade’, mas também ‛Ame os seus inimigos’. A verdadeira base da tolerância não é o relativismo, é o amor”.
Beijos,
Ricardo
MUITO bom Ricardo! Obrigada pela complementação…Importa saber que uma cabeça jovem como tua se manifesta! E pensa! Investiga! Temos que acreditar na liberdade!